quarta-feira, 21 de março de 2007

História

História

Volto aos antecedentes históricos do Maranhão do Sul, depois de ter feito uma pequena postagem sobre o tema, porque é imprescindível que tenhamos consciência de nossa posição na história desta vasta região do Maranhão que sonha com a emancipação. É impossível planejar o futuro sem ter consciência do passado, dizem todos.

Falei de Militão Bandeira Barros, lançando, em Grajaú, no ano de 1827, o manifesto pela criação da República de Pastos Bons, e do brigadeiro Lysias Rodrigues, um ícone da Aeronáutica, que tendo instalado a Rota do Tocantins do Correio Aéreo Nacional, apaixonou-se por esta região e enviou projeto ao presidente Getúlio Vargas, em 1938, para que se criasse o Território Federal do Tocantins, reunindo cidades do sul do Maranhão e do norte de Goiás (hoje, Tocantins), cuja capital seria a cidade de Carolina.

Tudo isso porque desde o povoamento do sertão maranhense, em meados do século XVIII, que se destacam as diferenciações culturais e econômicas em relação ao litoral maranhense.

Aqui a ocupação territorial por bandeirantes baianos com o objetivo de ocupar espaços vazios com seus rebanhos bovinos. Era a civilização do gado tão largamente estudada por sociólogos e historiadores. Mais à mão estão História do Sul do Maranhão, de Eloy Coelho Neto e O Caminho do Gado, de Socorro Cabral, leituras obrigatórias para quem se interessa e defende a criação do novo estado. Também me atrevo a indicar referência literária em O Velho Jaborandy, de Agostinho Noleto, considerado o primeiro romance histórico do Maranhão do Sul.

Lá, no litoral, portugueses e franceses lutavam pelo domínio da chamada civilização litorânea ligada à matriz européia.

Urge agora ligar ao passado, a raiz histórica de sustentação das civilizações, acontecimentos mais recentes para construir o futuro próximo.

Comecemos com a construção da rodovia Belém-Brasília, por Juscelino Kubitschek, com o declarado propósito de integrar o Brasil Central, ligando Norte e Sul. De todas as pequenas cidades cruzadas pela rodovia, a pequenina Imperatriz se tornou a punjante maior cidade do interior da Amazônia legal, conhecida como O Portal da Amazônia.

Outro acontecimento recente que anima a criação do Maranhão do Sul foi a colonização dos "Gerais de Balsas" por agricultores gaúchos que fizeram do Sul do Maranhão um grande pólo de agronegócio que tem em Balsas seu maior centro.

Em Açailândia, o distrito industrial de Piquiá abriga um parque siderúrgico da realidade econômica de Karajás, no primeiro grande esforço de industrialização do sul do Maranhão.

Em Porto Franco e Campestre surge um parque industrial de maior interesse estratégico que é a produção de álcool e do nascente biodiesel, nova promessa nacional, fruto de tecnologia desenvolvida no campo do agronegócio.

Até parece que enveredei por argumentos de ordem econômica neste painel histório sobre o Maranhão do Sul. Na verdade quis apenas destacar, com fenômenos socioeconômicos, o que afeta a história mais recente da Região. Voltaremos a comentar noutras postagens sobre a força econômica do Maranhão do Sul, para demonstrar a necessidade de sua criação.

Nenhum comentário: