sexta-feira, 23 de março de 2007

Deu no jornal

Duzentos anos de sonhos, (vide História neste blog) e quando já começamos a vislumbrar o novo estado do Maranhão do Sul, um grande perigo paira sobre nós. A grande mídia procura desmerecer a prentensão de gerir nossos próprios destinos, noticiando que o Maranhão do Sul é um golpe ardiloso do Sarney, que expurgado de São Luís, prentende criar um novo estado para si e sua família.

Nós, sul-maranhenses, sabemos que acontece exatamente o contrário. Sarney e Roseana somente aderiram ao projeto de desmembramento porque perderam duas eleições consecutivas por estas bandas de cá. Rosena foi a quarta colocada na eleição para o Senado, em Imperatriz. Em 2006, perdeu a eleição para governador, em Imperatriz e na maioria dos municípios do Sul.

Se a adesão retardatária dos Sarney é um jogo político - como sempre fazem todos os políticos porque é de sua natureza - não tenham dúvidas. Mas nunca será, tenham certeza, para pretender dominar o novo estado. Mas para isolar a parte que não lhes corresponde em votos e os priva de sua última e esperada conseqüência: o poder político.

É preciso desmitificar esse entendimento da grande mídia nacional que descobriu um gancho para implodir, no Congresso Nacional, o projeto do Maranhão do Sul. Até porque deputados e senadores não estão criando estado algum. Estão apenas ouvindo o clamor do povo desta Região ao sul do Maranhão para autorizar o exercício da democracia direta. É o povo, em plebiscito, quem vai dizer se quer ou não o desmembramento do Maranhão.

O TSE já divulgou que é de sua competência fazer o plebiscito sobre o Maranhão do Sul, o primeiro da história do Brasil a ser criado pela via democrática, se autorizado pelo Congresso Nacional.

Não se enganem, sul-maranhenses. O perigo não mora aqui ao lado, mas no "sul-maravilha" e sua grande mídia. Ela tem poder bastante para confundir correntes poderosas da opinião pública e influenciar deputados e senadores a não autorizar o plebiscito.

A Folha de São Paulo foi quem inventou o tal jogo do Sarney. Não demorou e Diogo Mainardi, conhecido jornalista iconoclasta profissional, derramou o seu veneno, pela SKY - canal 41, em debate com Lucas Mendes e outros jornalistas, diretamente de Nova Yorque, discutindo sobre a grande contribuição do Brasil para o mundo, nos últimos cinquenta anos. Enquanto alguém apontava o alcool e o biodiesel, outro lembrava a bossa nova, ele, Mainardi, dizia que a grande contribuição do Brasil ao mundo é a criação do Maranhão do Sul, um novo estado a ser criado pelo Sarney, para seu proveito e deleite pessoal.

Eis porque precisamos estar atentos a esse tipo de oposição rançosa, mesmo vindo de jornalistas, como Diogo Mainardi, muito conhecido pelas posições radicais e intolerantes que fazem sua fama e garantem seu ganha-pão.


Atentos, portanto, a tudo que dá no jornal. A mídia é indispensável para tornar viável um projeto como o de criação de um novo estado federado. Mas, muito cuidado com os interesses difusos como os citados acima e outros mais objetivos que sempre surgirão numa discussão democrática como essa sobre o Maranhão do Sul.

A democracia é boa porque permite a participação de todos, mesmo dos que não querem construir. O senso crítico, felizmente, se impõe sobre toda e qualquer ideologia. Principalmente sobre aquelas, tão naturais nos dias de hoje, que afetam o imaginário popular.

José Sarney jamais mandará no Maranhão do Sul. Nem quer. Imagino que nenhum dos seus filhos tenha essa pretensão.

2 comentários:

Mauro Noleto disse...

É isso mesmo, lá n'APonte comentei que a imprensa sulista iria fazer muita pressão contra a criação do MA do Sul. Encontrei no blog do Daniel Piza (escreveu uma biografia de Machado de Assis, Gênio Brasileiro) um post maldoso e desinformado, mas que estimulou uma série de comentários de adesão e de ridicularização. O endereço é esse aí: http://blog.estadao.com.br/blog/piza/?title=sarney_a_farsa_e_a_democracia&more=1&c=1&tb=1&pb=1

Faça como eu fiz, comente também.

Mauro Noleto disse...

Este aí foi o meu comentário:

Caro Piza, você não acha que está faltando um detalhe importante na sua análise: o povo da província que você diz será a capitania do Sarney. Esse povo, liderado pela cidade de Imperatriz, impôs seguidas derrotas ao grupo Sarney, especialmente à sua filha Roseana. Imperatirz é o segundo colégio eleitoral do Estado (seria a capital do novo). Lá Roseana tomou surras eleitorais homéricas da ordem de 70% contra.
É fácil ser evoluído no sul maravilha, mas assista de novo O Céu de Suely que você verá o que é a necessidade de civilização, você verá a estagnação de uma população, esquecidapela União e muito esquecida pelos moradores ilustres da Ilha do Amor. Nem que seja inventando a presença do Estado, o povo merece dirigir seu próprio destino, né. Depois disso, visite o Estado do Tocantins. Talvez consiga apre(e)nder a vontade do povo daquela província.
Ou, se preferir, leia o blog do Maranhão do Sul:

http://maranhaodosul.blogspot.com/

Forte abraço.

Mauro