sexta-feira, 30 de março de 2007

Dimensão social e econômica

O Maranhão do Sul é viável


A dimensão social e econômica do Maranhão do Sul deveria ser o principal tópico deste blog. Começaremos agora a discutir o assunto, fundamental para as decisões do Congresso e do povo ao ser consultado em plebiscito.

Este blog da AIL não pretende esgotar o assunto, nem mesmo defini-lo com inteira propriedade, mas apenas e em boa hora, levantar o problema para que pessoas ou instituições tecnicamente qualificadas possam dissertar sobre ele com segurança.

Quem diria aos congressistas que nesta região do sul do Maranhão existem pré-condições sociais, econômicas, culturais e políticas para se instalar o novo estado e fazer dele instrumento eficaz de aceleração do crescimento econômico (como se fala atualmente) e de pleno desenvolvimento social?

Quem levantaria dados estatísitcos junto aos vários organismos do governo federal e de instituições privadas para provar, com fortes argumentos, aquilo que todos já sabemos pelo conhecimento prático da vida socioeconômica desta região?

Podemos dizer o que é óbvio, mas não podemos, neste blog, provar tecnicamente, por exemplo:

Que o novo estado terá sua vida econômica baseada, entre outras atividades, em três pólos de desenvolvimento marcantes. Imperatriz, com 250.000 habitantes é um pólo de atividades terciárias de comércio e serviços por onde circulam riquezas consideráveis. Seu comércio atacadista é um dos maiores de todo o Norte e Nordeste. O comércio varejista e os serviços de saúde e educação atraem para Imperatriz gente de todas as regiões vizinhas do Maranhão, Tocantins e Pará. Imperatriz é um pólo de educação superior com duas universidades públicas e quatro centros universitários particulares.

Que Açailândia, com 100.000 habitantes, tornou-se um grande centro siderúrgico, com diversas produtoras de ferro gusa, à margem do corredor de exportação da ferrovia Carajás.

Que Balsas, com 80.000 habitantes, produz um milhão de toneladas de soja para exportação, desde quando gaúchos ali cheram e desenvolveram, juntamente com a Embrapa, variedade de soja tropical adaptada ao cerrado.

Que Campestre e Porto Franco abrigam indústria canavieira para produção de álcool e açúcar, participando da nova matriz energética do país. Que essa cultura da cana de açúcar pode se expandir em terras de excelente qualidade e chamar instalação de novas indústrias.

Que Porto Franco, com indústrias de esmagamento de soja e produção de biodiesel desponta como um novo pólo agroindustrial.

Que correntes migratórias do Nordeste, de Goiás, de Minas, do Sul acorreram para o sul do Maranhão em busca de terras férteis e baratas para seus projetos de pecuária e agricultura e, nos últimos tempos, para instalar indústrias de transformação desses produtos e de siderurgia.

Que essas correntes migratórias não só influenciaram economicamente o Maranhão do Sul, mas também sua formação social, cultural e política, causando substancial diferenciação desta região da parte norte do Maranhão, a ponto de tornar inadiável a realização do velho sonho de emancipação.

Quem dirá tudo isso, e muito mais, de forma técnica, em estudo de viabilidade socioeconômica do Maranhão do Sul?

Poderia ser a Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento do Sul do Maranhão, criada pelo Governador Jackson Lago e dirigida por Fernando Antunes, o presidente do Comitê do Maranhão do Sul.

Poderia ser o município de Imperatriz, ou qualquer outro município com orçamento capaz de sustentar essa despesa.

Poderia ser a Associação dos Municípios da Região Tocantina, que reúne 24 municípios, inclusive Imperatriz.

Poderia ser qualquer das universidades particulares de Imperatriz. A FAMA já teria iniciado um estudo semelhante.

Poderia ser a Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, instituição líder das classes produtoras da Região.

Poderiam ser todas essas instituições e outras mais, reunidas em parceria para diluir custos e potencializar atitudes de cidadania.

Por falar em cidadania, elas, as instituições públicas e privadas, com essa parceria, dariam um exemplo maiúsculo de organização, atitudes positivas e ação afirmativa em favor do Maranhão do Sul.

Falta no projeto Maranhão do Sul um verdadeiro livro sobre estudos confiáveis das condições sociais, econômicas, culturais e políticas, prévias e futuras, do novo estado que se deseja criar.

Quem desejar falar sobre isso, por favor, clique em comentários, ao final desta postagem.

quinta-feira, 29 de março de 2007

História

Mais alguns tópicos esclarecedores

Em postagem anterior sobre o nome do nosso estado, havia dito que o projeto Maranhão do Sul foi apresentado pela primeira vez na Constituinte de 1987, extamente no dia 11 de março, depois que assembléia popular reunida na Câmara Municipal de Imperatriz, a convite do falecido deputado constituinte Davi Alves Silva, aprovou a sugestão do nome Maranhão do Sul, dentre outros nomes surgidos ao acaso.

Revendo meus arquivos, constato que, de fato, o projeto foi apresentado no dia 9 de abril de 1987, e percorreu todas as comissões da Constituinte, morrendo no relatório final de Bernardo Cabral, na Comissão de Sistematização. Das cinco propostas de redivisão territorial aprovadas nas comissões , Tocantins, Santa Cruz, Triângulo, Maranhão do Sul e Tapajós, apenas a primeira foi contemplada na Constituição de 88 e se transformou no bem sucedido estado vizinho e irmão.

Aconte que Davi Alves Silva manobrou contra a vontade do então deputado Siqueira Campos, retirando a proposta do Maranhão do Sul e substituindo, logo no dia seguinte, 12 de março de 1987, pelo projeto CARAJÁS, a ser desmembrado do norte de Goiás e sul do Maranhão, com a capital em Imperatriz. Juntou assinatura de 32 constituintes, alguns deles de grande prestígio político. Siqueira Campos não aceitou a manobra e derrubou a proposta no nascedouro. O Estado do Tocantins, formado apenas pelo norte de Goiás, era um projeto já consolidado no Congresso Nacional, cuja lei criadora anterior à Constituinte foi vetada pelo então presidente Sarney.

Davi volveu ao projeto original do Maranhão do Sul, como disse, no dia 9 de abril de 1987, recomendado que foi pela assembléia popular de 11 de março.

Sobre os diversos projetos de emancipação do sul do Maranhão, cuja idéia é secular, o acadêmico e jornalista Edmilson Sanches traz, em seu blog, um histórico rico de informações.

Faltou, no entanto, dizer sobre outros precursores anteriores ao saudoso Joaquim Paulo de Almeida. Antes dele, o então juiz de Imperatriz, hoje desembargador aposentado, José Delfino Sipaúba, no início dos anos setenta, acompanhado do também juiz José de Ribamar Fiquene, depois prefeito de Impetratriz e Governador do Maranhão, sócio da AIL, promoveu diversas reuniões no antigo salão do Clube Tocantins, na rua Godofredo Viana, para discutir a criação do Estado do Tocantins, antigo sonho da região.

A nota curiosa sobre esse episódio diz respeito à reação imediata do então governador Pedro Neiva de Santana, irritado não só com o movimento separatista, mas também porque ele estava sendo liderado por funcionários do Estado atingido com a separação. Os dois juizes, o promotor José Maria Rodrigues e eu, procurador do Estado, não deveríamos estar envolvidos em atividades ditas subversivas, como era classificada na época, em plena efervescência da Guerrilha do Araguaia. Fiquene, sempre conciliador, propôs mandar telegrama à Presidência da República do General Médici, perguntando como seria recebido um estudo de nossa lavra sobre redivisão territorial do sul do Maranhão e norte de Goiás. Semanas depois, chegou resposta da Presidência da República agradecendo o telegrama e mais nada. Não sei se Fiquene ainda guarda esse telegrama que eu li. É um documento histórico, ou são dois documentos históricos, os telegramas.

Antes mesmo de Sipaúba, lembro do Waldir Braga, outro brilhante acadêmico e jornalista que não se esquece do sonho político e edita o bravo jornal Maranhão do Sul. Lembro de comícios organizados por Waldir, em Carolina, ainda nos anos cinqüenta, conclamando a população à luta pelo Estado do Tocantins. Alfredo Maranhão, outro acadêmico já falecido, sempre entusiasta, fazia coro com Waldir Braga pela emancipação do sul do Maranhão. Waldemar Pereira, também sócio da AIL já falecido, fazia sua pregação pela emancipação sul-maranhense, em Porto Franco.

Todas essas lembranças servem para tirar dúvidas de quem ainda as tem sobre propalado oportunismo político debitado ao projeto Maranhão do Sul. Adversários da idéia, principalmente a mídia do Sul do país, tentam macular o projeto com a pecha de politiquismo, inventando que o desmembramento do Maranhão em dois estados é uma idéia do Sarney, para dominar um deles, o mais novo, se não puder abarcar os dois.

Nós sabemos que aqui, no Maranhão do Sul, tudo será novo, inclusive a classe política, como é natural e tem acontecido onde se implantou uma nova estrutura de estado.

Façam seus comentários. O Maranhão do Sul depende muito de nossa participação.

domingo, 25 de março de 2007

MARANHÃO DO SUL ou o quê ?

O nome MARANHÃO DO SUL, dos projetos correntes no Congresso, foi usado pela primeira vez em 11 de março de 1987, dia em que o falecido deputado Davi Alves Silva apresentou projeto de desmembramento do Maranhão na Constituinte.

Desde então o nome MARANHÃO DO SUL pegou como rastilho de pólvora no meio do povão.

Há quem insista ainda em propor um outro nome para o novo estado. O blog da AIL se dispõe a comentar esse tema entre os acadêmicos em postagens diretas ou comentários também abertos a qualquer pessoa.

Abaixo, comentários do acadêmico e professor José Geraldo, uma cabeça privilegiada sempre repleta de imaginação super criativa. Também um pequeno comentário do também acadêmico e jornalista Jurivê de Macedo sobre o tema.

Voltarei, em nova postagem, ao tema do nome MARANHÃO DO SUL e sobre as razões pelas quais foi adotado.

Do Geraldo recebi:
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Todos nós vivemos e trabalhamos por um NOVO estado, com um NOVO nome...

É claro que o espaço internautico (?) – em especial, os ditos blogs – não expressarão todo o universo que deveria ser necessariamente consultado... para que a campanha – e o desmembramento territorial – possam levar a uma resultante de um processo anunciado como democrático. Mesmo assim, já o será MUITO MAIS do que vem sendo.

No plebiscito, por exemplo – e isto deve ser honestamente encarado (não marotamente!) – a pergunta não deveria ser “Você concorda com a criação do Maranhão do Sul” ... Isso seria claramente uma falsa consulta (ou desonesta!) Porque é uma pura indução (como que pedindo endosso para apenas uma opção... forçando uma resposta: ao dizer “sim”, estará o eleitor não apenas concordando com o desmembramento territorial, mas também com o nome imposto)
Honestamente – aliás: para ser tecnicamente correta a pesquisa... – deveria haver DUAS perguntas:
o Uma, perguntando se concorda com o desmembramento territorial
o Outra, perguntando sobre a denominação para a nova unidade; neste caso, podendo haver algumas sugestões (no plural...); incluindo a atualmente em curso... Mesmo assim, deixando espaço aberto (tipo:”se não concorda com qualquer dos nomes sugeridos, tem alguma proposta? Qual”)

Quanto a este segundo aspecto (denominação) venho colocando reflexões e propostas – para reflexão, discussão e conscientização. FAZ ANOS...
Resumidamente (há alguns textos já não tão inéditos...) foram os seguintes, com respectivas sumárias recorrências:

1. SERTÃO – não só pela referência ao “interior”... ao que “não é litoral”...; também pelo primeiro livro de História do Brasil, registrada nos espaços ao sul deste atual MA, por Carlota Carvalho, trabalhadamente reeditada, com notas várias, por João Renôr de Carvalho e Adalberto Franklin. Trabalho que – como outros quase coetâneos e mais outros, mais recentes – registra como de deu a ocupação territorial por aqui, de Passtos Bons ao Manoel Alves lá no cone sul; por “entradas e bandeiras”, do Nordeste Oriental e do Centro-Sul brasileiros para cá, pelos “caminhos do gado” e dos tropeiros e parceiros...; e não “do litoral para dentro dos matos”... pelos rios.
2. TIMBIRA – nação, dos primeiros povos, gentes... para não dizer “donos” (no caso, em donataria comum, comunitária) destas bandas, tocados, banidos e mortos pelos... “brancos”, religiosos, militares e “proprietários novos”
3. ENTRE RIOS (para não repetir, e seria pedantemente... “Mesopotâmia”...) – por uma referência geo-hidrográfica global – veja-se, a leste, o Parnaíba; a oeste, o Tocantins... – que emolduram este espaço sul.
4. CERRADO – porque, espacialmente, é o bioma mais presente nestes “caminhos do sul”, com suas variedades e transições já constatadas, mas não tão aprofundadas; uma delas, a de aqui estarem as nascentes de todos os rios “internos” do atual território do MA, nos altos do MIrador, da Negra, das Alpargatas... (Há anos, quando em uma das “cadeiras” do CONSEMA, propus – e ali foi adotado – batizar o grande quadrilátero que inclui tais nascentes como sendo o “Berço das Águas”... maranhenses. Parece ter-se perdido nas memórias esclerosadas...)
5. PORTAL – considerando a referência original de ser este “lado” – na verdade, o mais a centro-oeste do atual MA – como “O Portal da Amazônia”... Com a ressalva (pela observação ecológica, não bem “ambientalista”...) de que, embora nome sonante (?) o que se diz(ia) “Pré-Amazônia” já tem sido praticamente todo devastado... restando manchas de resiliência, substancialmente modificadas as características originárias; e, também, que, mesmo se não o fôra, considerado o conjunto do espaço que se pretende seja desmembrado, dá-se que ele é mais marcado pelo bioma CERRADO(s), como recorrido acima.

Para encerrar – e dá para entender (ou não?) pelas opções possíveis, acima apenas resumidas – ficar querendo induzir apenas um possível nome, e exatamente considerando o que assim vem sendo, “Maranhão do Sul”..., vem a ser expressão (mesmo que não seja consciente...) de remanescente dependência de dominação e exploração históricas; exatamente daquilo que, também historicamente, se anuncia pretender libertar. Isto não é sadio...
Gostar disso assim... pode ser expressão de masoquismo...

VAMOS PENSAR, HONESTA E CRITICAMENTE, ANTES DE DECIDIR.
E, com mais RESPONSABILIDADE SOCIAL, não demos curso a um (“novo”; isto é, novamente...) processo de dominação e tutela... da maior parte da população envolvida, por uma minoria de (agora...) “novos” iluminados.


Até a realização do plebiscito, há que programar MUITAS e VARIADAS atividades e oportunidades para estudo e debate – isto é, com INTENSA E VARIADA PARTICIPAÇÃO – desde as veiculações pela mídia massiva (que não pode NEM DEVE ser tipo o monocórdio “sulmaranhãosista” do único clip até agora produzido, que está de volta às telinhas...)... até encontros menores, em associações de bairro, escolas, clubes de serviço, de esporte, de igrejas. Tudo sempre no plural ecumênico.



A despeito da fertilidade criativa do José Geraldo a serviço do novo estado e seu bendito nome,
tenho sérias razões para ficar com o nome já consagrado MARANHÃO DO SUL. Sobre ele falarei oportunamente em nova postagem.

Jurivê sobre isso se expressou assim:

----------Agostinho, li tudo, de todos, nessa caudal de idéias. Igualmente, continuo entendendo que o importante, no momento, é a luta da informação, que a contra-informação está ganhando corpo, no Maranhão de lá e também nos outros estados. Entendo que discutir qual a cidade escolhida para capital é coisa para o segunto tempo desse jogo; o importante é que venha o desmembramento. Sobre a questão do nome da sonhada nova unidade federativa, a mim agora ela me parece extemporânea, mesmo porque não é o nome que fará o estado. Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, não é isso que ajuda, nem atrapalha.
Como vê, se entrarmos por esse caminho jamais chegaremos ao âmago da proposta sonho regional.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Deu no jornal

Duzentos anos de sonhos, (vide História neste blog) e quando já começamos a vislumbrar o novo estado do Maranhão do Sul, um grande perigo paira sobre nós. A grande mídia procura desmerecer a prentensão de gerir nossos próprios destinos, noticiando que o Maranhão do Sul é um golpe ardiloso do Sarney, que expurgado de São Luís, prentende criar um novo estado para si e sua família.

Nós, sul-maranhenses, sabemos que acontece exatamente o contrário. Sarney e Roseana somente aderiram ao projeto de desmembramento porque perderam duas eleições consecutivas por estas bandas de cá. Rosena foi a quarta colocada na eleição para o Senado, em Imperatriz. Em 2006, perdeu a eleição para governador, em Imperatriz e na maioria dos municípios do Sul.

Se a adesão retardatária dos Sarney é um jogo político - como sempre fazem todos os políticos porque é de sua natureza - não tenham dúvidas. Mas nunca será, tenham certeza, para pretender dominar o novo estado. Mas para isolar a parte que não lhes corresponde em votos e os priva de sua última e esperada conseqüência: o poder político.

É preciso desmitificar esse entendimento da grande mídia nacional que descobriu um gancho para implodir, no Congresso Nacional, o projeto do Maranhão do Sul. Até porque deputados e senadores não estão criando estado algum. Estão apenas ouvindo o clamor do povo desta Região ao sul do Maranhão para autorizar o exercício da democracia direta. É o povo, em plebiscito, quem vai dizer se quer ou não o desmembramento do Maranhão.

O TSE já divulgou que é de sua competência fazer o plebiscito sobre o Maranhão do Sul, o primeiro da história do Brasil a ser criado pela via democrática, se autorizado pelo Congresso Nacional.

Não se enganem, sul-maranhenses. O perigo não mora aqui ao lado, mas no "sul-maravilha" e sua grande mídia. Ela tem poder bastante para confundir correntes poderosas da opinião pública e influenciar deputados e senadores a não autorizar o plebiscito.

A Folha de São Paulo foi quem inventou o tal jogo do Sarney. Não demorou e Diogo Mainardi, conhecido jornalista iconoclasta profissional, derramou o seu veneno, pela SKY - canal 41, em debate com Lucas Mendes e outros jornalistas, diretamente de Nova Yorque, discutindo sobre a grande contribuição do Brasil para o mundo, nos últimos cinquenta anos. Enquanto alguém apontava o alcool e o biodiesel, outro lembrava a bossa nova, ele, Mainardi, dizia que a grande contribuição do Brasil ao mundo é a criação do Maranhão do Sul, um novo estado a ser criado pelo Sarney, para seu proveito e deleite pessoal.

Eis porque precisamos estar atentos a esse tipo de oposição rançosa, mesmo vindo de jornalistas, como Diogo Mainardi, muito conhecido pelas posições radicais e intolerantes que fazem sua fama e garantem seu ganha-pão.


Atentos, portanto, a tudo que dá no jornal. A mídia é indispensável para tornar viável um projeto como o de criação de um novo estado federado. Mas, muito cuidado com os interesses difusos como os citados acima e outros mais objetivos que sempre surgirão numa discussão democrática como essa sobre o Maranhão do Sul.

A democracia é boa porque permite a participação de todos, mesmo dos que não querem construir. O senso crítico, felizmente, se impõe sobre toda e qualquer ideologia. Principalmente sobre aquelas, tão naturais nos dias de hoje, que afetam o imaginário popular.

José Sarney jamais mandará no Maranhão do Sul. Nem quer. Imagino que nenhum dos seus filhos tenha essa pretensão.

Deu no jornal

Vejam como repercute em todos os lugares a proposta de criação do Maranhão do Sul. O texto transcrito abaixo, do informativo do TSE, é uma boa prova disso. Maranhão do Sul é notícia no Tribunal Superior Eleitoral, que avisa aos maranhenses que está pronto para organizar o plebiscito. Cabe a todos nós tomarmos consciência desse novo momento de transformação institucional, com grande e esperada repercussão social, econômica e política em nossas vidas. Nas vidas dos maranhenses e dos sul-maranhenses.



Cabe à Justiça Eleitoral realizar consulta popular para criação de novos estados ou territórios. 21 de março de 2007 - 15h11

Os estados e territórios brasileiros podem se incorporar, subdividir-se ou desmembrar-se para formar novos estados ou territórios ou para se anexar a outros. Para tanto, é necessário o consentimento da população diretamente interessada na mudança e a aprovação de uma lei complementar pelo Congresso Nacional, conforme prevê a Constituição Federal, no artigo 18, parágrafo 3º. Nessas situações, é atribuição da Justiça Eleitoral organizar o plebiscito sobre a transformação a ser feita.

Na semana passada, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal emitiu parecer favorável à realização de consulta popular para a constituição do estado do Maranhão do Sul. Autorizado o plebiscito, caberá ao Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) proceder à consulta, de acordo com instrução normativa que deverá ser elaborada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Se a proposta for aprovada, será o primeiro plebiscito a ser organizado, na história brasileira, para consultar a população sobre a criação de um estado.

De acordo com a proposta do senador Edison Lobão (PFL-MA), só poderá participar do plebiscito o eleitor cuja inscrição ou transferência de domicílio eleitoral para o Maranhão tiver sido requerida antes de 150 dias da realização da consulta. Após o resultado do plebiscito, e se esse for favorável ao novo estado, será ouvida a Assembléia Legislativa maranhense e, em seguida, poderá ser apresentado projeto de lei complementar ao Congresso Nacional, propondo o desmembramento.

O projeto de criação do Maranhão do Sul está pronto para ser votado pelo Plenário do Senado e, se aprovado, segue para tramitação na Câmara dos Deputados. Pela proposta (PDL 2/07), o novo estado teria como capital a cidade de Imperatriz e uma área de quase 150 mil quilômetros quadrados, tornando-se o quinto estado nordestino em tamanho, com mais de 1,1 milhão de habitantes, distribuídos em 49 municípios.

Tocantins

O mais novo estado da Federação, o Tocantins, foi criado sem a realização de consulta popular, porque estava previsto na Constituição Federal de 1988. O mesmo ocorreu com os territórios federais de Roraima e do Amapá, cuja transformação em estado foi determinada pela Constituição atual.

Soberania popular

O artigo 14 da Constituição Federal estabelece que plebiscito e referendo são formas de exercício da soberania popular. No plebiscito, o povo manifesta-se antes da elaboração de uma lei; já no referendo, a consulta é feita sobre algo que já existe, ou seja, uma questão concreta ou fato já realizado.

Referendo

O Tribunal Superior Eleitoral organizou, em 2005, o referendo do desarmamento. No dia 23 de outubro daquele ano, os brasileiros foram às urnas para responder à seguinte pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. Optaram pelo “não” 59.109.265 brasileiros (63,94%) e, pelo “sim”, 33.333.045 (36,06%).

Plebiscito

O povo brasileiro foi consultado, em 1993, sobre a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (presidencialismo ou parlamentarismo). Votaram, pela manutenção da República, 44.266.608 brasileiros (66,06% dos eleitores) e, pelo presidencialismo, 37.156.884 cidadãos (55,45%). O plebiscito estava previsto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta de 1988.

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quinta-feira, 22 de março de 2007

Agora sai.

Após dois séculos de sonhos emancipatórios da gente do sertão maranhense e de vinte anos do projeto do Maranhão do Sul em tramitação no Congresso Nacional, começo a ter certeza de que o novo estado está nascendo mesmo.

O primeiro indicativo é o projeto alternativode de creto legislativodo SenadorEdison Lobão que autoriza a Justiça Eleitoral a consultar a população do Maranhão, em plebiscito, se deseja o desmenbramento do Maranhão em nova unidade federativa.

O que há de novo nesse projeto do Lobão, se já existe projeto igual do Deputado Sebastião Madeira, em tramitação na Câmara dos Deputados?

O novo e alvissareiro é a identidade política do Senador Lobão. Trata-se de um ex-governador do Maranhão com fortes vínculos com o grupo Sarney. Daí a inferência que além dele próprio, Roseana, Sarney e Cafeteira, todos senadores e ex-governadores estão também de acordo com a criação do Maranhão do Sul.

Todos sabem que seria difícil uma decisão política desse porte sem o consenso dos grandes líderes do Maranhão. Portanto, se não há oposição à idéia, por que não acreditar que agora sai o Maranhão do Sul?

A segunda razão de minha crença na seriedade do projeto nasce da leitura da primeira página do jornal "O Estado do Maranhão", edição de domingo, 18 de março: Maranhão do Sul pode fazer eleições gerais já em 2010. O órgão de imprensa que assim divulga e opina é o maior jornal do Maranhão, de propriedade dos Sarney. O jornal está engajado. A família Sarney também está. Faço fé.

O terceiro motivo de confiança está também no jornal O Estado do Maranhão. Antônio Carlos Lima, brilhante jornalista e escritor, se dá ao trabalho de dizer que é contra o Maranhão do Sul porque não quer perder a cidadania maranhense para acrescentar o prefixo sul ao seu novo gentílico, ele que é nascido em São Raimundo das Mangabeiras, cidade sul-maranhense.

Jurivê de Macedo, igualmente ilustre jornalista de O Estado, também nunca aceitou ser chamado de tocantinense, natural de Porto Nacional, no coração do Estado doTocantins. Prefere se declarar goiano, como estava acostumado. Mas isso não impediu que se criasse o Estado do Tocantins, com o sucesso que tem e do qual Jurivê impa de orgulho.

Eu também, como Antônio Carlos Lima, sou sul-maranhense e gostarei de assim poder me declarar.

Se o ilustre jornalista, com as informações privilegiadas que tem, em claro protesto, proclama que o Maranhão é indivisível é porque ele vai mesmo ser dividido. Até porque nenhum estado é indivisível, segundo a Constituição que diz que o povo é quem decide pela redivisão territorial do Brasil.

A divisão em estados federados é administrativa e confere simples naturalidade aos brasileiros de cada uma de suas 27 regiões. A unidade territorial nacional garante a nacionalidade brasileira, esta sim, irrenunciável e por ela juramos lutar até a morte. Isso é simples truismo, ilustre jornalista, mas serve para dizer que o Maranhão pode e precisa ser dividido.

A quarta razão de convicção é talvez a mais forte. O Governador Jackson Lago afirma que é a favor da divisão do Maranhão simplesmente porque que ela é boa para os dois lados. O jornal de Imperatriz, O Progresso, de ontem, noticia a visita do Governador Jackson Lago, em companhia do Deputado Sebastião Madeira, ao presidente da Câmara dos Deputados a fim de solicitar urgência na aprovação do plebiscito sobre o Maranhão do Sul.

Se as duas correntes políticas dominantes no Maranhão são a favor e o povo faz o clamor pela divisão, é acreditar que finalmente veremos o sul do Maranhão transformado em novo estado, uma região vocacionada para o desenvolvimento e o crescimento econômico.

Se você acredita, leitor, opine sobre essa minha convicção de que o blebiscito vem aí.

quarta-feira, 21 de março de 2007

História

História

Volto aos antecedentes históricos do Maranhão do Sul, depois de ter feito uma pequena postagem sobre o tema, porque é imprescindível que tenhamos consciência de nossa posição na história desta vasta região do Maranhão que sonha com a emancipação. É impossível planejar o futuro sem ter consciência do passado, dizem todos.

Falei de Militão Bandeira Barros, lançando, em Grajaú, no ano de 1827, o manifesto pela criação da República de Pastos Bons, e do brigadeiro Lysias Rodrigues, um ícone da Aeronáutica, que tendo instalado a Rota do Tocantins do Correio Aéreo Nacional, apaixonou-se por esta região e enviou projeto ao presidente Getúlio Vargas, em 1938, para que se criasse o Território Federal do Tocantins, reunindo cidades do sul do Maranhão e do norte de Goiás (hoje, Tocantins), cuja capital seria a cidade de Carolina.

Tudo isso porque desde o povoamento do sertão maranhense, em meados do século XVIII, que se destacam as diferenciações culturais e econômicas em relação ao litoral maranhense.

Aqui a ocupação territorial por bandeirantes baianos com o objetivo de ocupar espaços vazios com seus rebanhos bovinos. Era a civilização do gado tão largamente estudada por sociólogos e historiadores. Mais à mão estão História do Sul do Maranhão, de Eloy Coelho Neto e O Caminho do Gado, de Socorro Cabral, leituras obrigatórias para quem se interessa e defende a criação do novo estado. Também me atrevo a indicar referência literária em O Velho Jaborandy, de Agostinho Noleto, considerado o primeiro romance histórico do Maranhão do Sul.

Lá, no litoral, portugueses e franceses lutavam pelo domínio da chamada civilização litorânea ligada à matriz européia.

Urge agora ligar ao passado, a raiz histórica de sustentação das civilizações, acontecimentos mais recentes para construir o futuro próximo.

Comecemos com a construção da rodovia Belém-Brasília, por Juscelino Kubitschek, com o declarado propósito de integrar o Brasil Central, ligando Norte e Sul. De todas as pequenas cidades cruzadas pela rodovia, a pequenina Imperatriz se tornou a punjante maior cidade do interior da Amazônia legal, conhecida como O Portal da Amazônia.

Outro acontecimento recente que anima a criação do Maranhão do Sul foi a colonização dos "Gerais de Balsas" por agricultores gaúchos que fizeram do Sul do Maranhão um grande pólo de agronegócio que tem em Balsas seu maior centro.

Em Açailândia, o distrito industrial de Piquiá abriga um parque siderúrgico da realidade econômica de Karajás, no primeiro grande esforço de industrialização do sul do Maranhão.

Em Porto Franco e Campestre surge um parque industrial de maior interesse estratégico que é a produção de álcool e do nascente biodiesel, nova promessa nacional, fruto de tecnologia desenvolvida no campo do agronegócio.

Até parece que enveredei por argumentos de ordem econômica neste painel histório sobre o Maranhão do Sul. Na verdade quis apenas destacar, com fenômenos socioeconômicos, o que afeta a história mais recente da Região. Voltaremos a comentar noutras postagens sobre a força econômica do Maranhão do Sul, para demonstrar a necessidade de sua criação.

domingo, 18 de março de 2007

Breve histórico

Vai muito longe no tempo a história de emancipação política do Sul do Maranhão. A Balaiada foi um movimento de insurreição popular nascido da insatisfação do interior maranhense com o abandono das populações sertanejas, sempre preteridas em favor do litoral onde acontecia pífio desenvolvimento e marcante maranhensidade.

E não era sem razão que a capital concentrasse o pouco de desenvolvimento propiciado nestes rincões do meio-norte brasileiro e não dividisse com o longínqüo Sul do Estado tão pouco recursos. Como era de se esperar, a cultura discriminatória permaneceu até os dias presentes.

Não há portanto que estranhar o sentimento saparatista que também perdura e se fortalece. O primeiro a levantar a voz em favor da separação do Sul do Estado foi Militão Bandeira Barros, um juiz de paz da comarca de Grajaú com modos caudilhesco que aderiu à Balaiada e somente escapou das mãos pesados do duque de Caxias talvez pela influência que exercia como rico fazendeiro. Militão Bandeira Barros lançou um manifesto propondo a criação de uma certa "República de Pastos Bons".

O sonho utópico daquele juiz de paz é exatamente o projeto de criação do novo estado do Maranhão do Sul. Voltaremos ao assunto mais adiante.

Outra figura histórica é a do Brigadeiro Lysias Rodrigues, ligado ao Estado do Tocantins, na época envolvendo o lado maranhense do rio Tocantins. Carolina e Imperatriz têm muito apreço por essa personalidade, de quem comentaremos o projeto de desenvolvimento que desenhou para esta região do Brasil.

Durante a Assembléia Nacional Constituinte - 1977/78 - excluído o lado maranhense, o Estado do Tocantins tomou corpo ao lado do projeto do Maranhão do Sul, confirmando o sonho antigo da população desta banda do Maranhão. Foi criado o Estado do Tocantins. O Maranhão do Sul, não. Mas não morreu. Cresceu forte no meio do povo.

Recentemente novo projeto de criação do novo estado corre na Câmara dos Deputados, já aprovado em todas comissões para votação final em plenário.

Neste mês de março, o SenadorEdison Lobão apresentou outro projeto de decreto legislativo autorizando o TSE a fazer plebiscito quanto ao desejo de criar o Maranhão do Sul, desmembrando-o do Maranhão.

Outro alento veio em favor do ideal antigo e permanente dos sul-maranhenses.

Por hoje basta. Amanhã continuaremos informando sobre o Maranhão do Sul.

Mantenha-se em sintonia e participe.

primeiras palavras

Este blog tem o propósito de divulgar a campanha pela criação do novo estado do Maranhão do Sul a ser desmembrado do Maranhão. Divulgando e interagindo vamos conhecer melhor o novo estado e suas potencialidades, antecedentes históricos, clamor público, vontade política, necessidade de emancipação e certeza de aceleração de crescimento e desenvolvimento.

O blog é uma iniciativa da presidência da Acedemia Imperatrizense de Letras. A AIL adotou o Maranhão do Sul como tema permanente de suas discussões. A alimentação deste site será feita pelos acadêmicos, estimulando o debate democrático e passando informações aos eleitores para correta conscientização sobre o ideal sul-maranhense que será testado no blebiscito que se avizinha.

sábado, 17 de março de 2007

Saudações

O Maranhão do Sul agora é nome de blog!

Blog é uma corruptela de web log, saiu we, ficou blog. Pode ser também o que em inglês chama-se journal, um diário pessoal só que na rede mundial, a internet.

O Maranhão do Sul já era Wiki. (Clique aqui para saber mais)

A wikipédia é uma enciclopédia livre na internet. Os próprios usuários é que fazem a alimentação e classificação dos verbetes. É um exemplo da chamada internet 2.0, interatividade e autoconstrução.

A internet é um território livre, porém ocupado. A imprensa hoje vive seu dilema mais difícil, que envolve abandonar o papel impresso e correr para a internet para não perder seu espaço, leia-se, consumidores; seus concorrentes mais diretos na rede são os blogueiros (jornalistas ou não) que fazem de seu journal uma maneira pessoal de dar as notícias do dia.

No blog não há editor a não ser o próprio blogueiro. Por isso é preciso interagir com os comandos do painel de controle para fazer a edição de imagens, ou adicionar links para as fontes da informação e por aí vai.

Que venha este blog junto com o Maranhão do Sul, então!


Brasília, 17 de março de 2007

Mauro Noleto