Dimensão social e econômica
O Maranhão do Sul é viável
A dimensão social e econômica do Maranhão do Sul deveria ser o principal tópico deste blog. Começaremos agora a discutir o assunto, fundamental para as decisões do Congresso e do povo ao ser consultado em plebiscito.
Este blog da AIL não pretende esgotar o assunto, nem mesmo defini-lo com inteira propriedade, mas apenas e em boa hora, levantar o problema para que pessoas ou instituições tecnicamente qualificadas possam dissertar sobre ele com segurança.
Quem diria aos congressistas que nesta região do sul do Maranhão existem pré-condições sociais, econômicas, culturais e políticas para se instalar o novo estado e fazer dele instrumento eficaz de aceleração do crescimento econômico (como se fala atualmente) e de pleno desenvolvimento social?
Quem levantaria dados estatísitcos junto aos vários organismos do governo federal e de instituições privadas para provar, com fortes argumentos, aquilo que todos já sabemos pelo conhecimento prático da vida socioeconômica desta região?
Podemos dizer o que é óbvio, mas não podemos, neste blog, provar tecnicamente, por exemplo:
Que o novo estado terá sua vida econômica baseada, entre outras atividades, em três pólos de desenvolvimento marcantes. Imperatriz, com 250.000 habitantes é um pólo de atividades terciárias de comércio e serviços por onde circulam riquezas consideráveis. Seu comércio atacadista é um dos maiores de todo o Norte e Nordeste. O comércio varejista e os serviços de saúde e educação atraem para Imperatriz gente de todas as regiões vizinhas do Maranhão, Tocantins e Pará. Imperatriz é um pólo de educação superior com duas universidades públicas e quatro centros universitários particulares.
Que Açailândia, com 100.000 habitantes, tornou-se um grande centro siderúrgico, com diversas produtoras de ferro gusa, à margem do corredor de exportação da ferrovia Carajás.
Que Balsas, com 80.000 habitantes, produz um milhão de toneladas de soja para exportação, desde quando gaúchos ali cheram e desenvolveram, juntamente com a Embrapa, variedade de soja tropical adaptada ao cerrado.
Que Campestre e Porto Franco abrigam indústria canavieira para produção de álcool e açúcar, participando da nova matriz energética do país. Que essa cultura da cana de açúcar pode se expandir em terras de excelente qualidade e chamar instalação de novas indústrias.
Que Porto Franco, com indústrias de esmagamento de soja e produção de biodiesel desponta como um novo pólo agroindustrial.
Que correntes migratórias do Nordeste, de Goiás, de Minas, do Sul acorreram para o sul do Maranhão em busca de terras férteis e baratas para seus projetos de pecuária e agricultura e, nos últimos tempos, para instalar indústrias de transformação desses produtos e de siderurgia.
Que essas correntes migratórias não só influenciaram economicamente o Maranhão do Sul, mas também sua formação social, cultural e política, causando substancial diferenciação desta região da parte norte do Maranhão, a ponto de tornar inadiável a realização do velho sonho de emancipação.
Quem dirá tudo isso, e muito mais, de forma técnica, em estudo de viabilidade socioeconômica do Maranhão do Sul?
Poderia ser a Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento do Sul do Maranhão, criada pelo Governador Jackson Lago e dirigida por Fernando Antunes, o presidente do Comitê do Maranhão do Sul.
Poderia ser o município de Imperatriz, ou qualquer outro município com orçamento capaz de sustentar essa despesa.
Poderia ser a Associação dos Municípios da Região Tocantina, que reúne 24 municípios, inclusive Imperatriz.
Poderia ser qualquer das universidades particulares de Imperatriz. A FAMA já teria iniciado um estudo semelhante.
Poderia ser a Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, instituição líder das classes produtoras da Região.
Poderiam ser todas essas instituições e outras mais, reunidas em parceria para diluir custos e potencializar atitudes de cidadania.
Por falar em cidadania, elas, as instituições públicas e privadas, com essa parceria, dariam um exemplo maiúsculo de organização, atitudes positivas e ação afirmativa em favor do Maranhão do Sul.
Falta no projeto Maranhão do Sul um verdadeiro livro sobre estudos confiáveis das condições sociais, econômicas, culturais e políticas, prévias e futuras, do novo estado que se deseja criar.
Quem desejar falar sobre isso, por favor, clique em comentários, ao final desta postagem.