sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Ainda sobre redivisão territorial brasileira

Carlos versus Sanches

Publico o comentário do Carlos sobre outro comentário do Edmilson Sanches a respeito de preconceituoso artigo ou ensaio de Pompeu de Toledo na revista "Veja".

Este blog pretende divulgar o projeto Maranhão do Sul, com a melhor apresentação do argumentos que lhe são favoráveis. O Carlos é decididamente contra o Maranhão do Sul. Mas seu comentário servirá para que Sanches tenha a oportunidade de respondê-lo à altura, como é capaz.

Vai o comentário.


"As comparações com outros países são tão estúpidas, que cheiram a falácia. Tratam departamentos, províncias, regiões e estados como se fossem a mesma coisa! Em geral, chamam-se estados as unidades federativas com significativa autonomia, em campos como o judicial, tributário, legislativo e outros. Províncias e outros em geral nem são chamados de unidades federativas, uma vez que uma federação é composta de unidades com certa autonomia.

Prossegue a ignorância/falácia ao se omitir na lista de exemplos ("de A a Z") o Canadá e a Austrália, países com área similar à do Brasil, riqueza per capita cerca de 10 vezes maior e que contam com, no caso da Austrália, 6 estados e um território; o Canadá, com 8 províncias e um território.

O artigo ainda vomita os números de divisões geopolíticas nos países citados como se a mera aritmética unidades/área fosse o argumento supremo e suficiente; esqueçam-se as razões históricas, as particularidades físicas, as potencialidades econômicas, as características culturais e as questões étnicas que motivaram essas divisões, ao longo de até 2500 anos (casos da Espanha e da Itália).

Não se dá nem mesmo ao trabalho (fácil e simplista, mas melhor do que nada) de considerar as aritméticas PIB/unidade ou mesmo população/unidade.

Os cidadãos de estados viáveis (como eu) são contra esses projetos de estadecos porque sabem que vão acabar pagando a conta. O autor sente cheiro de preconceito; eu farejo interesses escusos."

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